quinta-feira, 27 de novembro de 2008

PRESIDENTE PROVISÓRIO DA ULES ESCREVE AO SOBE NO CAIXOTE

O presidente provisório da ULES Denis Lima escreve, em primeira mão, para o sobe no caixote confira o texto na integra.


Gostaria de estar escrevendo sobre a importância da União Londrinense dos Estudantes Secundaristas – ULES, mas como alguns internautas têm expressado opiniões que fogem da verdade e que somente servem a interesses que não são os mesmos da entidade e dos 120 mil estudantes que ela representa, me senti na obrigação de esclarecer fatos e palavras utilizadas, não para o bem do movimento estudantil, mas para criar “celeuma”, termo que li em um desses blogs que têm tratado da questão.

1-Após a última eleição da ULES, no primeiro processo de carteiras, em 2005, graças a integrantes que tinham apenas o interesse de transformar a entidade em uma empresa na expectativa de uma fonte de renda “pessoal”, e que jogaram embaixo do tapete muitas conquistas importantes, além de gerar uma crise que levou até à expulsão do presidente que havia sido eleito dando um golpe naqueles a quem representavam;

2-O ano de 2006 continuou ainda sob os reflexos dessa parte da direção que tentou e conseguiu afastar a maioria dos estudantes que estavam se envolvendo com a entidade com o interesse de representar o movimento estudantil. Com todo o desgaste político que promoveram, pressão por parte da imprensa, ministério público e dos estudantes lesados, os mesmo diretores que defenderam esse processo de capitalização da ULES, não tiveram a decência e a responsabilidade de assumir seu erro e abandonaram a entidade;

3-Presidente expulso, vice-presidente que saiu automaticamente da entidade por ingressar na universidade, o tesoureiro geral e o 1º tesoureiro abandonando a entidade, permaneceu na ULES (e assumiu a presidência pela hierarquia do estatuto) o secretário geral Denis Lima dos Santos;

4-Durante o restante do ano de 2006 e, em 2007, o presidente da entidade buscou resgatar a credibilidade da entidade para tivesse mínimas condições de atuar politicamente junto aos estudantes secundaristas promovendo debates e tentando organizar a base, já que não havia como realizar um congresso democrático sem base e sem grêmios (o estatuto estabelece que são eles que representam as escolas como delegados no congresso);

5-Conseqüência: sem base, sem congresso e sem as tais juventudes partidárias que agora só estão unidas porque Londrina ainda não tem prefeito;

6-Consciente dos problemas que iria enfrentar pelo fato da gestão estar vencida, o presidente trabalhou durante todo o ano de 2007 e na primeira metade de 2008 com a consciência que tinha de realizar o congresso ainda este ano;

7-Qual não foi a surpresa quando o 1º tesoureiro que havia abandonado a ULES, agora amparado por um candidato a vereador eleito, de um determinado partido, e que pode não permanecer na Câmara, “lembra” da entidade e começa a criticar o trabalho e as atividades que haviam sido realizadas;

8-A atuação desses agentes “políticos” chegou ao cúmulo de levá-los a ameaçar o presidente da entidade e sua família em sua integridade física (inclusive com B.O.);

Em agosto as mesmas forças políticas voltaram a atuar tentando forçar a realização do congresso em uma reunião (alguns dos mesmos que agora pedem que a data do congresso seja adiada para 2009);

9-Os presentes à reunião assinaram ata em que avaliavam ser impossível realizar o congresso durante o processo eleitoral municipal e deliberaram por formar uma comissão organizadora que realizaria um COMEB (reunião dos grêmios estudantis) para deflagrar o processo para a realização do 37º COMES que acontecerá no próximo dia 30;

10-Os participantes da reunião das juventudes partidárias não têm legitimidade, já que a grande maioria não faz parte da representação que pode ser legalmente delegado, inclusive alguns deles já passaram pela entidade (um foi expulso e dois abandonaram a ULES). E o que aconteceu com essas mesmas pessoas nos, no mínimo, últimos quatro anos, que só agora resolvem reivindicar algo que não têm direito?

Portanto declaro que:

O processo eleitoral que está sendo realizado é legítimo e segue as deliberações das mesmas forças que agora nos blogs tentam destruir a imagem dessa entidade histórica que traz para os estudantes o orgulho de ter sido responsável há 16 anos atrás pela conquista do meio passe e da meia-entrada, do projeto de reforma da ULES que, devido aos trâmites burocráticos que garantem a lisura do processo para um patrimônio público, ainda não foi concluída; a luta e a campanha de conscientização do voto aos 16 anos; os debates realizados sobre a redução da maioridade penal; participação na construção do Conselho Municipal de Juventude (Conjuve), inclusive com uma cadeira no conselho; participação em conferências que definiram os rumos da cidade nos últimos anos como a de educação, de cultura, de mulheres (municipal, estadual e nacional, de juventude (municipal, estadual e nacional) e dos fóruns de políticas públicas de juvetude (municipal, regional, estadual, nacional)

Tenho orgulho de ter podido contribuir para esta entidade, mesmo que sem grandes recursos ou condições e tenho certeza também que vou carregar esta experiência para a minha vida toda.

Denis Lima dos Santos

Presidente da ULES

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